quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estou grávida... e sozinha


Se está grávida e, por qualquer motivo (não importa referir exemplos, pois, infelizmente, existem vários), está sozinha para criar o seu bebé, é bem natural que sinta um aperto no coração cada vez que se fale em "vivência a dois numa gravidez".
Para uma mãe solteira, a solidão é um problema a resolver: "Onde irei procurar companhia? Terei apoio? Com quem irei partilhar as minhas preocupações?".
Felizmente, existem algumas associações dirigidas a mães solteiras, às quais poderá pedir ajuda!
Na Maternidade, quando tiver o seu bebé, procure entrar em contacto com outras mães solteiras. Troque informações e contacto com elas, pois, acredite, pode vir a instalar-se uma verdadeira solidariedade entre vocês! Portanto, não se isole na sua timidez, fale aos médicos e enfermeiros sobre a sua situação, e talvez não continue só por muito tempo.
Se tem a sorte de ter uma família compreensiva que sabe ampara-la, ainda assim é bom ter contactos exteriores - verá que são benéficos para si e para o seu bebé.



Quanto ao pai ausente, se tem dele uma imagem traumatizante e desvalorizante, arrisca-se a projetar sobre o seu futuro filho sentimentos de amargura, frustração e rejeição. É importante tentar separar o bebé dessa imagem negativa, permitindo que se desenvolva como um ser independente em termos afetivos; se o seu bebé estiver, desde o início, sob a carga de um passado tão pesado, todo o seu desenvolvimento poderá sofrer as consequências, e a relação mãe e filho arrisca-se a ser constantemente perturbada em vez de descontraída.
Imagino que não é fácil! Mas se não conseguir obter esta evolução, não hesite em falar dela ao médico, ou à Assistente Social, ou ao Psicólogo.



Quando a criança está associada a recordações positivas, é evidente que os projetos são mais fáceis, e a vida imediata também.
Mas, qualquer que seja a sua imagem, e ainda que fisicamente não esteja lá, o pai deve ter lugar na vida da criança: este lugar terá de ser assegurado pela mãe, falando do pai ao futuro filho. Nem sempre será fácil, mas se não o conseguir fazer, será este quem, mais tarde ou mais cedo, irá procurar esse pai, e irá censura-la por lho ter ocultado, quaisquer que tenham sido as circunstâncias!

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