sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Gravidez vivida na Adolescência


É na Adolescência que se dá a puberdade, a qual consiste numa série de transformações físicas (e, consequentemente, psicológicas também), que transforma a criança num jovem, que será um adulto amanhã!
Há médicos que afirmam que a grande maioria dos adolescentes, entre os 15 e os 18 anos, quando começam a experienciar a sua sexualidade, não "fazem amor", mas sim sexo por puro desejo, erotismo e paixão. Ou seja, a sexualidade é vivida para realizar fantasias.
Mas cada adolescente é um ser diferente, com a sua personalidade e vivência!... Há adolescentes que vivem as suas paixões com extrema seriedade (o que fará com que o sofrimento seja maior no caso de uma ruptura de namoro).



Um aspecto indispensável a demonstrar a estes jovens é a importância da Contracepção.
Para muitos deles, a Contracepção é algo que faz parte do mundo dos pais, o que os faz acreditar que os impede na sua afirmação. Para outros, os métodos contraceptivos são incómodos e faz parecer-lhes a sexualidade como algo instrumental.
Tudo isto faz com que os médicos afirmem que, ao ensinar aos adolescentes a importância da Contracepção na sexualidade, não a devemos associar puramente como método que impede a procriação. Também devemos demonstrar-lhes como são importantes na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), as quais podem deixar marcas e/ou feridas irreparáveis para o resto da vida!



A gravidez na adolescência não é um fenómeno novo na história da Humanidade. Em Portugal, e em muitos outros países no mundo, era considerado um acontecimento habitual no início do século XX - porque as mulheres se casavam muito jovens, muitas vezes aos 16 anos. No entanto, na actualidade, tem sido objecto de preocupação pelas repercussões de ordem psicológica, social e obstétrica que a gestação precoce pode impor à jovem mãe. Como tal, este tema tem recebido muita atenção quer por Psicólogos, quer por parte de outros médicos.
A grande maioria das jovens não terão desejado/planeado a gravidez, mas se em algumas lhes fragiliza a sua auto-estima, noutras lhes dá o estatuto de mulher adulta.
Nos livros e revistas onde este tema é retratado, geralmente são apontadas as consequências negativas deste fenómeno: responsabilidade excessiva precoce, alto índice de abandono escolar e diminuição das oportunidades de realização profissional, maior percentagem de divórcios, maior risco de complicações médicas para a mãe e para a criança, e maior probabilidade de abuso infantil.
Em Portugal, apesar de haver mais divulgação e uma crescente utilização de métodos anticoncepcionais, continuam a crescer os casos de gravidez na Adolescência, sendo que a taxa é duas ou três vezes superior à da maioria dos restantes países da Europa!

O que pode desencadear a Gravidez na Adolescência:
  • Incapacidade em assumir os desafios e as exigências da Adolescência;
  • Aceleração da maturação que pode deixar traumas;
  • Exclusão do grupo de amigos e/ou social;
  • Sequelas no caso de um abortamento mal pensado/planeado;
  • Sequelas no caso do bebé ser encaminhado para adopção, com ou sem consentimento da adolescente;
  • Confusões a nível familiar na disputa da tutela do bebé;
  • Rompimento do namoro ou, pelo contrário, torna-lo num vínculo obrigatório por causa do bebé;
  • Colocação de difíceis desafios à adolescente por parte da família;
  • Diminuição da auto-estima (quase que auto-destrutiva) e terríveis sequelas, sobretudo quando se trata de uma gravidez fruto de uma violação.



Resultados de um estudo feito por um grupo de Médicos:

Um grupo de Médicos realizou, há poucos anos atrás, um estudo em mulheres grávidas adultas e adolescentes, do qual resultaram conclusões que seria bom que as adolescentes tomassem conhecimento antes de iniciar a sua vida sexual.
A amostra de adolescentes comportava 30 grávidas (10 no 2º trimestre e 20 no 3º trimestre de gestação); na amostra das adultas também estavam presentes 30 grávidas (16 do 2º trimestre e 14 do 3º trimestre de gestação).
Eis, então, os resultados:
  • Idade: 
A idade-média das adolescentes é de 16 anos, e de 26 anos no grupo das adultas.
A idade-média dos companheiros das adolescentes é de 21 anos, enquanto que os companheiros das grávidas adultas tinham uma idade-média de 29 anos.
Daqui se pode concluir que o pai do bebé da adolescente já não é, na grande maioria das vezes, um jovem adolescente.
  • Estado Civil:
A maioria das adolescentes são solteiras, enquanto que as adultas são, maioritariamente, casadas - como seria de esperar;
  • Habilitações Literárias:
A maioria das adolescentes tem o 9º ano, enquanto que a maioria das adultas completou o 12º ano - poucas tinham estudos académicos.
Deste modo, estes dados levam-nos a pensar na possibilidade de insucesso escolar nestas jovens;
  • Actividade Profissional:
Metade das adolescentes são estudantes, a outra metade são domésticas; as adultas são, maioritariamente, empregadas.
Constatou-se, ainda, que as grávidas adolescentes, quando se tornam mães, acabam por vir a ter empregos precários e pouco qualificados, enquanto que as grávidas adultas têm uma actividade profissional melhor;



  • Ansiedade e Auto-estima:
As grávidas adolescentes apresentam níveis de ansiedade significativamente superiores aos das grávidas adultas, e níveis de auto-estima inferiores.
Obviamente, estes valores devem ser ainda mais alarmantes em casos de violação e de grávidas adolescentes abandonadas pelos respectivos pais dos seus bebés.


Jovem, por favor, previne-te quando tens relações! Goza a vida ao máximo, mas com juízo! Sê mãe apenas quando o projectares para ser!
Mas, se já estás grávida e procuras um ombro amigo, tens aqui alguém que te apoia sem recriminações!

Vídeo sobre a Gravidez na Adolescência:

Este vídeo foi feito por adolescentes, o que eu acho, na minha opinião, que dá ainda mais valor à mensagem que eles querem transmitir. Não são actores profissionais, dá para perceber, mas o vídeo tem todo o crédito para ser visto pelos leitores do meu Blog!

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