terça-feira, 13 de abril de 2010

Folatos: porque são necessários na gravidez?

Durante a gravidez, a mãe transfere para o feto uma enorme quantidade de Folatos, a qual é muito preciosa para o seu crescimento. Sendo assim, se não se fornecer uma quantidade suplementar, as reservas maternas esgotar-se-ão em 2 ou 3 meses. Uma alimentação equilibrada, complementada por comprimidos de Ácido Fólico, e vigilância médica, são fundamentais para prevenir, atempadamente, o défice de Folatos.
Os alimentos mais ricos em Folatos são as verduras, a fruta, a carne, o peixe, o feijão e as nozes. Convém saber que a cozedura e a congelação são processos que reduzem o conteúdo de Folatos nos alimentos, pelo que os mais ricos são aqueles que se podem consumir frescos ou crús, como as nozes, algumas verduras (alface, agrião) e as frutas. Também há que lembrar que as náuseas, os vómitos e o mal-estar - que, por vezes, surgem na gravidez - podem influenciar no mau aproveitamento do organismo.


Consequências do Défice:

O grande prejudicado pelo défice de Folatos é o feto, afectando sériamente todos os seus tecidos ao ponto de poder provocar o aborto. Quando causa malformações fetais, as principais estão relacionadas com defeitos do Tubo Neural - Anencefaleia, Espinha Bífida -, e com o Lábio Leporino e a Fissura Palatina.
Também pode produzir perturbações no desenvolvimento fetal - crescimento intra-uterino retardado, baixo peso à nascença, parto prematuro - e alterações no metabolismo do sistema nervoso - atraso mental e motor.
Anualmente, nascem muitas crianças com deficiências do Tubo Neural em todo o mundo!



Atualmente, há evidências científicas de que a administração de comprimidos de Ácido Fólico durante o período pré-concepcional e nos primeiros meses de gestação, diminui, significativamente, o risco de defeitos do Tubo Neural.

Espinha Bífida:

A Espinha Bífida, uma das consequências do défice de Folatos, consiste na falta de união de um ou vários arcos vertebrais, deixando o canal neural aberto. A lesão pode localizar-se em diferentes alturas da Coluna Vertebral, mas o prognóstico é pior quando se situa na região cervical e dorsal.
Alguns dos bebés com este problema morrem antes de nascer, e quando nascem, têm de ser tratados para sobreviver.



As consequências deste problema são: paralisia das pernas; debilidade dos músculos da bexiga e do tracto intestinal, dando origem à incontinência urinária e fecal; e, nalguns casos, Hidrocefaleia (excesso de líquido cefalorraquídeo).

Tratamento profiláctico:

Atualmente, a grande maioria (senão todos mesmo!) dos médicos considera necessário levar a cabo um tratamento profiláctico sistemático, para prevenir o défice de Folatos durante a gravidez, através da administração de farmacológicos (Ácido Fólico).

O tratamento deve iniciar-se quando se está a planear ter um filho (Pré-concepção), uma vez que as malformações do Tubo Neural se produzem nos primeiros 2 meses de gravidez, um período em que, por vezes, a mulher desconhece o seu estado; este mesmo tratamento poderá manter-se até ao fim da lactação.



Existem situações de risco em que se torna praticamente obrigatória a administração de Ácido Fólico (provavelmente reforçada):
  • mulheres que tomaram a pílula durante vários anos;
  • quando existem antecedentes de partos prematuros ou filhos com defeito do Tubo Neural;
  • mulheres viciadas em álcool ou em determinados fármacos;
  • quando há doenças hematológicas.

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