domingo, 18 de abril de 2010

Aborto - O desvanecer de um sonho...

Durante os 3 primeiros meses de gravidez, os abortos são frequentes. Acredita-se que acontece a 30 grávidas em cada 100 na sua primeira gravidez.

Normalmente o aborto manifesta-se quando parece que a gravidez decorre bem e, súbitamente, sente dores no ventre e tem perda de sangue.
Se está grávida e isto lhe acontecer, pense primeiro se não estará na data da sua suposta menstruação. Isto acontece em algumas grávidas nos primeiros 2 ou 3 meses de gravidez, sem qualquer gravidade para o feto.
Mesmo assim, vá ao(à) médico(a) imediatamente. Só ele lhe poderá tentar explicar essa perda de sangue, após examina-la. Mas esta tarefa é difícil, e é comum que o médico peça para fazer uma Ecografia para determinar se é, ou não, uma gravidez normal, conforme o volume e o aspecto do feto.
Quando surge uma ameaça de aborto, resta esperar e ver como evolui a situação. Isto é desconfortável e pode durar vários dias.



Quando se dá uma ameaça de aborto, e se detecta que é devido a outros factores e não à má formação do feto, a grávida é submetida a um tratamento hormonal. Normalmente o(a) médico(a) aconselha uma interrupção na actividade profissional e, nalguns casos, também se torna necessário permanecer deitada.

Nalguns casos, a gravidez continua a decorrer favoravelmente: as perdas de sangue diminuem e o feto continua a desenvolver-se. O(A) médico(a) pede para fazer uma Ecografia para confirmar a evolução da gravidez, e permite-lhe retomar a vida normal quando achar que já não existe mais o risco de aborto.

Existem casos de mulheres que após terem passado por esta situação, sentiram medo de dar à luz um bebé com mal-formações. Mas este medo é injustificado porque, se não aconteceu o aborto, tem as mesmas probabilidades de ter um bebé normal como qualquer outra gravidez!

Mas, quando a ameaça acentua, e o tratamento hormonal não surte efeito, eis que se dá o aborto...
Normalmente o útero provoca as contracções para expulsar o feto, mas quando tal não acontece, são introduzidos vários comprimidos indicados no Útero para provocar as contrações.

Depois de um aborto, é normal que a mulher se sinta deprimida, pois ela estava feliz por esperar um filho e vê o seu sonho destruído. Também se deve à perturbação hormonal que se segue à paragem da gravidez.
Se já passou por esta situação e se sente deprimida, fale com o seu médico!...


A maior parte dos abortos é acidental, e as gestações seguintes terminam em boas condições. Esses abortos se devem a uma anomalia cromossómica (corresponde a cerca de 70% dos abortos que acontecem no primeiro trimestre de gravidez): provêm de um erro da Natureza, e que ela própria corrige com a expulsão do feto defeituoso.




Existem casos, porém, em que a origem dos abortos tem uma causa mais ou menos permanente, o qual tem de ser identificada e tratada. Dou alguns exemplos:
  • deformação do Útero: pode ter um fibroma, má formação congénita, desenvolvimento insuficiente (Útero infantil) ou estar retrovertido;
  • cicatrizes na mucosa, normalmente resultantes de uma "raspagem" feita ao Útero após um aborto problemático;
  • doenças maternais: infecções na vagina ou noutros órgãos que invadem o ovo pelo sangue. A hipertensão, doenças parasitárias e certas intoxicações também podem provocar o aborto;
  • gravidez extra-uterina: quando o ovo se anida, anormalmente, numa Trompa de Falópio que, não tendo espaço para se desenvolver, morre, em geral, antes do 3º mês de gravidez. Também se entende por gravidez extra-uterina quando o ovo se anida noutras partes indevidas do Aparelho Reprodutor Feminino;
  • deslocamento da Placenta.

2 comentários:

  1. Olá!
    Obrigada pelo seu testemunho...Eu também tive um aborto retido. Às 8 semanas e meia a médica viu que o meu bebé não tinha batimento cardíaco e tive que fazer uma raspagem. Foi tão difícil!!!
    Mas hoje estou grávida de novo, ainda de poucas semanas, e o medo invade-me. E se acontecer de novo? Ando à procura de todos os sinais. Se não enjoo entro em stress. Se não tenho sono, mais stress. Enfim...Muita fé e coragem é o que é preciso.
    Beijinho e parabéns pelo blog

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  2. Obrigada pelo seu comentário!
    Quero, desde já, dar-lhe os parabéns pela sua nova gravidez. Também quero desejar-lhe a mesma sorte que eu tive: a oportunidade de ser mamã de um bebé maravilhoso!
    Se precisar de esclarecer dúvidas, ou apenas partilhar experiências, pode contar comigo! Sei que não me conhece, mas se quiser acreditar em mim lhe garanto que serei uma boa amiga virtual!
    Um abraço grande!

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